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Grutas

O calcário é uma rocha sedimentar quimiogénica monominerálica, que se forma por precipitação de carbonato de cálcio e que tem origem numa bacia de sedimentação.

O calcário, tal como o granito ou o basalto fractura-se em diáclases. A origem dessas diáclases está relacionada com processos de origem ou com processos tectónicos. Os factos de origem têm a ver com a própria formação da rocha por consolidação (perda de água) e alívio de pressão com erosão das rochas que estão por cima, levando à sua fracturação. Os processos tectónicos estão relacionados com os fenómenos globais de movimentação das placas tectónicas.

 
É a circulação da água da chuva por essas diáclases que leva ao seu progressivo alargamento, dando origem a formas de relevo características das regiões calcárias: o Relevo ou Modelado Cársico. A carbonatação resulta em bicarbonato de cálcio dissolvido na água. A circulação das águas nas diáclases leva à dissolução do calcário.

CaCO3 + H2CO3 Ca2+ 2HCO3
Por este processo, as fendas vão-se alargando e ligando umas com as outras, levando à formação de largos canais subterrâneos por onde se dá uma intensa circulação da água. Dum modo geral, as grutas correspondem a zonas alargadas destes rios subterrâneos.

 

Elementos de uma gruta

 Algar: Poços naturais, por vezes muito profundos, na ordem da centena de metros na vertical, através dos quais as águas de escorrência superficial descem para as camadas mais profundas, alimentando os rios subterrâneos. À superfície o seu diâmetro varia de alguns decímetros a 1 ou 2 metros. (entradas na gruta na vertical)



Estalactite: formação que cresce do tecto da galeria para baixo. As gotas dissolvem o carbonato de cálcio e transportam-no. Assim que a gota de água encontra um obstáculo, por acção da força da gravidade, cai e larga o carbonato de cálcio, formando a estalactite.
Estalagmite: formação que cresce da base da galeria para cima. As gotas que caem do tecto da gruta trazem ainda algum carbonato de cálcio e depositam-no na base da galeria.

Coluna: formação que resulta da junção de uma estalactite com uma estalagmite.





Galeria: formação que resulta da dissolução da base da camada calcária (na horizontal).





 Poço: formação que resulta da dissolução da diáclase da camada calcária (na vertical), se tiver comunicação com a superfície trata-se de um Algar. 


Rio subterrâneo: Nas grutas existe sempre um rio subterrâneo que resulta da acumulação da água que se infiltra na gruta. O rio irá originar uma nascente (local por onde a água aparece à superfície).




Modelado Cársico







Terra Rossa: solo argiloso de cor avermelhada que resulta da erosão do calcário.


 
Dolinas: Depressões pouco profundas, mais ou menos circulares, com diâmetro variando entre a dezena e a centena de metros. O fundo é revestido de Terra Rossa resultante da acumulação das impurezas dos calcários não dissolvidas pela acção da água da chuva.  


Uvala: Depressão resultante da junção de dolinas.


 

Campo de Lápias: Formas rendilhadas em que as rochas calcárias apresentam formas muito diversas resultantes da sua dissolução diferenciada. 

Polje: Grande depressão aplanada resultante de grandes abatimentos de origem, em geral, tectónica. Durante o Inverno é comum os poljes transformarem-se temporariamente em lagos, resultantes da subida do nível das águas que circulam em profundidade. Estas sobem e voltam a infiltrar-se pelos chamados "sumidouros".
 


Marmita de Gigante: São pequenas depressões formadas, essencialmente, nos leitos dos rios formados de calcário. Os sedimentos sólidos que o rio transporta podem ficar aprisionados, por acção da gravidade, numa depressão no leito. Estes sedimentos não conseguem libertar-se da depressão mas o movimento da água faz com que os sedimentos escavem, alarguem e afundem as depressões.



Nota: As imagens foram retiradas, respectivamente, dos seguintes sites: www.blacksmoker.wordpress.com, www.geoleituras.wordpress.com, www.ciencias3c.cvg.com.pt, www.minde.eu, www.jatacerto.blogspot.com

Dunas

As dunas são paisagens detríticas móveis e deslocam-se na direcção do vento. Existem 2 tipos de dunas:



- Dunas Litorais

As dunas litorais são diferentes das dunas do desrto, formam-se pela acção das marés e depois são transportadas para o interior pelo vento. São, geralmente, de forma cónica.


Os seus grãos são brilhantes e redondos. A vegetação ajuda a fixar as dunas.




- Dunas Desérticas




As dunas do deserto têm a forma de um "croissant"e o seu nome cientifico é Barkane.


Do lado que sopra o vento a vertente da duna é suave e do outro é ingreme.


Os grãos deste tipo de dunas são baços e angulosos, devido à acção do vento que transporta os finos grãos que chocam uns com os outros, ficando cada vez mais pequenos, baços e riscados.


Quando o deserto é assolado por uma tempestade de areia, a paisagem muda drasticamente.

Nota: As imagens foram retiradas, respectivamente, dos seguintes sites: www.defpraiasmatosinhos.no.sapo.pt, www.colecionadoresdeossos.blogspot.com

Praia

Para se formar uma praia é necessário existir uma arriba que vai sofrer a erosão e formar rochas sedimentares móveis (a areia). As areias portuguesas são graníticas.

Nota: A imagem foi retira do site: www.cienciamariana.blogspot.com

Paisagens vulcânicas

Ilha Vulcânica



As ilhas vulcânicas são relevos que resultam da acumulação das pillow-lavas, provenientes das várias erupções submarinas, e do tipo de lava existente na camâra magmática (peleano, estromboliano, havaiano ou vulcaniano), quando o vulcão passa a ser aéreo, ou seja, chega à superfície.



Vulcanismo Atenuado

Quando a câmara magmática está activa, esta aquece as rochas que estão à sua volta, criando um ambientge de muita humidade. A água da chuva infiltra-se e ao entrar em contacto com as rochas mais quentes transforma-se em vapor de água.



Este sobe e se existir facilidade na subida irá originar fumarolas (emissão de vapor de àgua a altas tempereaturas).


Se o vapor não conseguir subir de imediato, arrefece e transforma-se em água podendo originar:

- Um géiser (jacto de àgua etermitente - reservatório vertical).

- Uma nascente termal (nascente de àgua quente - reservatório horizontal).

 
Caldeira

Forma-se quando um vulcão "adormece" e deixa que a chuva encha até cima a cratera com àgua. Depois, com o peso, a caldeira abate.

A caldeira vulcânica é particularmente perigosa quando com o excesso de peso, a estrutura vulcânica entra em colapso, ou quando o vulcão entra novamente em actividade e expele com muita violência a água retida na caldeira.
 
Nota: As imagens foram tiradas, respectivamente dos seguintes sites: www.destinosroqueturporto.blogs.sapo.pt , www.bioideias.blogspot.com , www.cienciamariana.blogspot.com

Disjunção Prismática

A disjunção Prismática é uma paisagem de origem basáltica.


O basalto ao arrefecer na chaminé e no cone vulcânico fractura-se em prismas hexagonais (quase perfeitos).

Com a erosão do cone vulcânico os prismas aparecem à superfície e a erosão começa a actuar com maior facilidade nas diáclases. Ao longo de milhões de anos estes prismas arredondam as suas arestas e vértices até ficarem com um aspecto aparentemente cilíndrico que fazem lembrar órgãos de igreja, daí o nome órgãos basálticos.

Nota: a imagem foi retirada do site: www.7c-correiamateus.blogspot.com

Caos de Blocos

O caos de blocos é uma paisagem de origem granitica. Exemplos desta em Portugal são as Serras da Estrela, de Sintra e do Gêres.

A formação desta paisagem começa nas câmaras magmáticas, em profundidade. Aí, o granito ao arrefecer começa a ceder por alívio de pressão e fractura-se em grandes paralelepípedos perfeitos. A estas fracturas sem movimento chamamos de Diáclases.

Por acção de dobras ou falhas a camâra magmática aparece à superfície e a erosão começa a actuar com maior facilidade nas fracturas (diáclases). Os vértices e arestas dos paralelepípedos começam a arredondar e passados milhões de anos, estes viram esferas.


O granito, por ser uma rocha plutónica, é de uma enorme resistência à erosaõ e fica em saliência relativamente ao resto da paisagem. Por fim, estes grantes blocos, aparentemente disperssos pela serra, deslizam pela ribanceira a baixo, originando o caos de blocos.

Nota: As imagens foram retiradas, respectivamente, dos seguintes sites: www.olhares.aeiou.pt , www.bttbrancelhe.blogspot.com